terça-feira, 28 de dezembro de 2010

JMJ Madrid 2011. Jornada Mundial de la Juventud

Eu já deixei a minha filha se inscrever!!


http://www.jblibanio.com.br/


O PODER PARA FAZER O OUTRO CRESCER

HOMILIA DE J.B. LIBANIO – 26.12.2010




PARÓQUIA N.S.DE LOURDES – VESPASIANO (MG)

Mt 2,13-15.19-23

Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse:
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la.
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: "Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito."
Depois que Herodes morreu, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José, no Egito, e disse:
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e volte para a terra de Israel, pois as pessoas que queriam matar o menino já morreram.
Então José se levantou, pegou a criança e a sua mãe e voltou para a terra de Israel. Mas, quando ficou sabendo que Arquelau, filho do rei Herodes, estava governando a Judéia no lugar do seu pai, teve medo de ir morar lá. Depois de receber num sonho mais instruções, José foi para a região da Galiléia e ficou morando numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que os profetas tinham dito: "O Messias será chamado de Nazareno."




Estamos numa celebração da eucaristia em que as crianças têm um lugar especial. Não celebramos a memória de César Augusto, um imperador romano que apenas fez um decreto que levou José e Maria até Belém. Também não celebramos nenhuma grande dinastia europeia, pois quase todas já desapareceram; nem tampouco nenhum político brasileiro, muitos dos quais já morreram ou caíram no esquecimento. Celebramos a memória de alguém único, que viveu como nenhum outro. Era alguém que poderia andar entre nós de maneira divina, mas não quis. Preferiu ser um andarilho da Palestina. Quis viver sem teto, sem casa, sem família; simplesmente anunciando a boa nova do reino de Deus. Esse Homem entregou a sua vida por todos nós, mas está vivo e está aqui, e isso o torna único. Dele aprendemos a lição de que só somos e só valemos no momento em que servimos aos irmãos, e não quando nos arrogamos de poder.
Hoje celebramos a festa da família e voltaremos três olhares sobre ela. Geralmente, quando falamos em família, pensamos em pai, mãe e filhos, mas hoje vamos pensar diferente. Quando penso em família, me volto para a criança e para o jovem. que serão a família de amanhã. Se não forem bem formados com uma boa educação, a família será um desastre. De nada adianta pensarmos na família já constituída, pois é mais importante pensar no devir, no que está em movimento, em processo. O devir são estas crianças e, por isso, elas são importantes e são queridas – as amadas de Deus. Para elas falamos. Jesus teve uma ousadia tremenda, da qual nem fazemos ideia. Em sua época, elas eram desprezadas, enxotadas como animaizinhos que só davam despesas e nada produziam. Jesus as chama, as abraça, colocando-as diante dos adultos como modelos do reino de Deus. Dificilmente algum de vocês, que hoje detêm o poder, acreditam que estas crianças são modelos do reino de Deus. As crianças não têm ambição, representam entrega, abertura e confiança. Por isso, muitas vezes, as maltratamos porque elas abrem seus braços a qualquer pessoa que lhes acene com um pouco de carinho.
Hoje temos muitos políticos nesta celebração, e quando penso em política, lembro que a palavra vem de polis, em grego, que significa cidade. Portanto, a política e os políticos só existem em função da cidade, que somos nós. Quanto mais excluído, mais cidade. A política não existe em função dos poderosos. Saibam que há uma tradição de mais de três mil anos antes de Cristo – o código de Hamurabi, que nos diz que o rei deve existir para defender os que não têm defensores. Já passados cinco mil anos, ainda não aprendemos. Que ignorância! Ainda não aprendemos que o poder existe para quem não tem poder. Entre nós o poder continua existindo para os poderosos. Que grande cegueira a nossa! Não aprendemos na história porque não invadimos nem entramos dentro desse universo em que o ser humano pode perceber, como Jesus percebeu, que a única coisa que vale é entregar-se ao outro, construí-lo e fazer com que ele cresça enquanto nós diminuimos, como disse João Batista. Amém. (Celebração do 62º. aiversário de emancipação política de Vespasiano)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Missa nas férias !

Olá amigos!!

Já que as nossas missas estão de férias, gostaria de dar uma sugestão:

Participem das missas da Paróquia Santo Inácio de Loyola. Tá tudo muuuito bonito !

Padre Fernando preparou a Igreja com tanto carinho!Vale a pena...
Ontem fui á Missa lá e tirei algumas fotos,a Igreja tá linda!!




PARÓQUIA SANTO INÁCIO DE LOYOLA | Endereço: Rua Bernardo Mascarenhas, 187 Bairro Cidade Jardim
CEP: 30380-010 Belo Horizonte – MG - Fonefax:31-3296-2465 | E-mail: secretaria@paroquiasantoinacio.com.br

domingo, 26 de dezembro de 2010

Campanha da Fraternidade 2011


O cartaz possui dois planos. Ao fundo observa-se uma fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ambiente, deixando o céu plúmbeo, intoxicado e acinzentado.

A figura do rio com a água escurecida e suja representa também a parte natural sendo devastada, influenciando no aparecimento das enchentes e no aumento do nível do mar, ações estas provocadas pelo ato errado do homem.

Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta, onde em meio à devastação ainda existe vida. Nela, um pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes incrustadas, criando um microecossistema, ainda insistem em viver mesmo diante de um cenário áspero. Sendo, portanto, referência ao lema: "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22).

Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus 'gritos de dor' - a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NOVENA DE NATAL 2010
- construindo o Presépio para acolher Jesus –
9° dia


Oração de Acolhida

Senhor nosso Deus, que nos visitas assim, Menino.
Dá-nos aprender de vós a simplicidade
Que se faz brilho e beleza,
A fragilidade que se faz força e poder,
A serenidade que se faz ternura,
A quietude que se faz paciência

Transforma nosso coração em manjedoura
Que nossos braços e mãos possam ser, como os de Maria
Aconchego e cuidado com todos os meninos e meninas
De todas as idades, do mundo todo
Em especial os que nascem e vivem perto de nós

Que nosso olhar seja como o de José
Sereno e firme
Livre e confiante
Sabendo exatamente o que deve e precisa ser feito
Para o Natal, de verdade, acontecer.

Ilumina nosso caminho com o brilho da vossa estrela
Inspira em nosso coração a generosidade dos magos
A hospitalidade dos pastores
O calor dos animais que, na sua irracionalidade
Foram testemunhas silenciosas do milagre maior

Deus se fez um de nós
A eternidade vestiu-se de Tempo
O Todo Poderoso mergulhou em nossa limitada humanidade
E o Universo se fez Altar.

Diante da humildade do Presépio podemos vislumbrar em nós, com Ele
As centelhas de divindade que refulgem em nossa alma
Desde o Gênesis

Amém!
_______________________________________________________________________________


Meditação do nono dia – “...E O VERBO SE HUMANIZOU”

“Não basta ajoelhar-se uma vez ao ano frente ao presépio para que a vida humana seja inundada da vida divina; antes, é necessário que toda a vida esteja em contato com Deus” (Edith Stein)


O ser humano é “capaz de Deus”!


No mistério da Encarnação afirmamos que Deus decidiu fazer-se “carne”, matéria visível e tangível; Deus se “exteriorizou”, “saiu de si”, “voltou-se para a terra”, “desceu”...
No Natal celebramos precisamente que Deus se fez “pele” e se deixou impactar por tudo aquilo que o rodeava. Tudo isso é Deus na nossa carne quente e mortal. Um Deus que “adentrou” na humanidade e de onde nunca mais saiu; um Deus que agora pode ser buscado em nossa interioridade e em tudo o que é humano. Na pobreza, na humildade da própria história pessoal, inserida na grande história da humanidade, torna-se possível acolher o dom do amor de Deus visível no Menino do Natal.
Celebrar o Natal, louvar e reverenciar o nascimento de Jesus, tem a ver também com poder honrar nossas raízes, despertar nossa criança escondida em nosso interior.
Deus aparece como Menino mostrando-nos que a verdadeira dimensão do ser humano é “fazer-se criança”. É preciso desbloquear em nós as fontes da inocência e da bondade. Para uma criança tudo é possível, é uma imensa e interminável disponibilidade.

“Em uma carne espiritual calosa, fossilizada, endurecida, Deus não pode vibrar. Deus vibra sempre no terno. O Natal evoca em nós aquele menino que fomos e aquela criança na qual, quando sonhamos, ainda captamos a presença de Deus... O menino é um olho aberto e maravilhado diante desta Presença” (A. Olivier).

Em Belém somos pacificados de nossas ansiedades e pressas de fazer mais e de conseguir mais, de nossa sede de poder e de acumular mais; e se permanecemos em silêncio ali, diante do menino deitado no presépio, brotará em nós um desejo profundo de sermos mais humanos, de sermos aquilo que já somos no rosto aberto daquele Menino; ao mesmo tempo, brotará um desejo de venerar cada ser humano, de contemplá-lo em seu interior, esse lugar ainda não profanado em cada pessoa, o lugar de sua infância e de sua paz.
Quando Deus se manifesta, aparece a “humanitas”, a humanidade.
“Humanus” não é unicamente humano; “humanus” significa também “ternura”. Uma pessoa humana é uma pessoa terna. Apareceu um Menino; apareceu a ternura e a doçura de Deus que salva.
A verdadeira compaixão sabe desta ternura e desta reverência diante do outro; não é unicamente uma qualidade do modo de ser de Deus, senão o Ser mesmo que ele é. É o que se entrega amorosa e delicadamente, e que para isso desce sempre mais abaixo, está abaixo.
Deus toma o caminho da “humilhação”, se faz “húmus”, terra fértil: possibilitador de tudo o que existe, discreto impulsionador da vida. Cria e se retira para deixar-nos ser.
Na Encarnação Deus não vacilou em tomar nossa condição humana, às vezes trágica e em muitos aspec-tos absurda. Ao humanizar-se Deus não mutilou o ser humano, mas divinizou-o. E não só a humanidade foi transformada pelo Filho, mas também o cosmos. “O Filho enobrece toda a criação, fazendo-a divina”.
Quando confessamos que o Verbo se fez carne, cremos que o desejo do ser humano de se tornar divino se concretizou, o utópico se tornou tópico. Cremos que o ser humano chegou a Deus porque Deus chegou primeiro ao ser humano. O ser humano se “divinizou” porque Deus se “humanizou”. Nosso grito por uma total plenitude é o eco da voz de Deus que ressoa dentro do coração de cada pessoa.
González Faus diz que a fé em Jesus “qualificou o cristianismo como diferente, ao mesmo tempo, de toda religião e de todo humanismo: de toda religião porque o que está em seu centro não é Deus senão o ser humano. E de todo humanismo porque a razão dessa centralidade do ser humano não se fundamenta no ser humano mesmo, mas só em Deus”.
O mistério da Encarnação nos revela que, além de não serem inimigos ou concorrentes, Deus e o ser humano permanecem inseparáveis. O Natal nos faz lembrar que não existe verdadeira humanidade sem abertura à Transcendência, que não há Deus vivo sem Encarnação. O finito e o infinito, o criado e o incriado, o céu e a terra, a forma e o sem-forma, Deus e ser humano, já não podem ficar separados.
Em nós, algo de bom, de inocente, de imaculado, continua a dizer “sim” ao incompreensível Amor... O ser humano é “capaz de Deus”. E isso não ocorreu outrora: a Encarnação continua.

Pe. Adroaldo Palaoro, sj

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cestas doadas.



Prezados Participantes da Jornada Inaciana,
A Associação de Pais do Colégio Loyola tem o prazer de informar que todas as cestas doadas pelo grupo do Marcelo e também pelos Associados que estiveram na confraternização de final de ano foram encaminhadas à Formação Cristã do Colégio, que as direcionou à Paróquia Jesuíta São Francisco Xavier.
Agradecemos a todos que doaram e esperamos, no próximo ano, continuar com este olhar para o próximo, sempre alimentando de esperanças todos a nossa volta.
Abraços,
Rose Cardoso
ASSOCIAÇÃO DE PAIS DO COLÉGIO LOYOLA

Grupo Oração Pela Arte !

Aliança de Misericórdia - Ação entre amigos- Resultado

Gostaríamos, em nome da Aliança de Misericórdia, agradecer a todos pelo empenho e dedicação desta ação entre amigos. Que o Senhor possa abençoar a cada um que contribuiu por este evento.



Queremos fazer a nossa prestação de contas e divulgar o ganhador desta ação.



Prestação de Contas Ação Entre Amigos

Cheques a depositar


40.780,00

Dinheiro a depositar


22.720,00

Conta Corrente Bradesco


9.600,00

Total Geral


73.100,00



Ganhadora:

Dalgisa Ferreira Silva - 3344-5707

Bilhete N° = 000036



O canhoto do bilhete encontra-se anexado.





Queremos desejar a todos um feliz e santo natal e ano novo.



Abraço fraterno de todos da Fraternidade de Belo Horizonte.



William e Nelmi

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Danças Circulares

DANÇAS CIRCULARES (E) SAGRADAS

Por que a Roda?






A primeira formação que o ser humano adotou no desenvolvimento da vida grupal e social foi a roda. Culturas antigas e culturas ligadas à terra perceberam a especialidade da forma circular para o estar e fazer junto.
Nela passaram a representar os ciclos da natureza: o rítmo das estações, o tempo dos cultivos (semeadura, crescimento, maturação e colheita); o pulsar dos movimentos do sol; da lua; das estrelas e dos planetas no céu; o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos; a vida e a morte.




Roda de Addaura – 8000 a C

Adotaram-na em seus rituais de passagem (nascimento, iniciação à maioridade, união matrimonial, morte), em celebrações, ocasiões de reverência, temor, louvor, gratidão e oração à terra e à(s) divindades(s).
O círculo é uma forma geométrica especial, por simbolizar a perfeição e a plenitude que o ser humano busca atingir. Na circunferência há “n” pontos que distam igualmente do ponto central. Todos os pontos – ou todas as pessoas que neles se encontram voltadas para o centro – têm a visão de todos os demais da roda e todos são igualmente importantes na composição final que é o círculo. Este contém o vazio, que ao mesmo tempo em que garante a distância entre as pessoas, é o vazio através do qual elas estão unidas e de onde pode emergir a criação feita por todos. Apenas compor a circunferência da roda já constitui uma criação, num espaço diferenciado e, possivelmente, sagrado.
A palavra hebraica “shalom”, que significa paz, contém a mesma raiz que compõe a palavra “shalem” e “shelmut”, que significam estar completo, inteiro, em unidade e em paz.
O círculo representa a aspiração humana a essa paz completa. Estar em unidade, ser um e inteiro consigo e com o criador, estar no divino, em Deus.
Religião e ciência nos falam da separação do homem do seu estado de unidade, seja através da queda do paraíso, seja ao nascer, por ocasião da saída do aconchegante útero materno nutridor e todo poderoso.


Dança do Salgueiro – 1634

O homem trilha sua vida aspirando retornar ao estado de plenitude total. Uns se apóiam na religião para se re-ligar, outros esperam que o parceiro lhes traga este aconchego e suprimento através do amor, do ato sexual, ou de ambos; há os que se utilizam das drogas, outros que ficam em ação e trabalho compulsivo para nunca sentir o estado de falta. Muitos vivem a combinação de vários recursos para acreditar que são plenos, ou chegar o mais próximo deste estado. Deseja-se estar num tempo/espaço/vivência com a unidade permanente.
Por sua vez as Danças Circulares também brotam dessa aspiração humana de sair da separatividade e da falta e unir Céu ( inspirador, mágico, espiritual, divino) e Terra ( humano, material, terreno) em seu ser, no seu centro, em seu coração, de forma prática e palpável, dançando.
As Danças Circulares resgatam a inspiração do homem primitivo em sentir a energia criadora da vida dentro de si, deixando brotar o movimento, rítmo, som, música, dança, e fazê-lo em círculo, em interação com os outros membros da tribo; ao mesmo tempo dão continuidade a um fio que jamais cessou de existir na história da humanidade: dançar e interagir grupalmente.
Uma forma de resgate, continuidade e criação desse tipo de vivência teve início por volta da década de 60, por via de duas iniciativas em continentes distintos, dando origem, por um lado, ao que se passou a chamar Danças Circulares Sagradas e, por outro, Danças da Paz Universal.


Danças Circulares Sagradas

O movimento denominado Danças Circulares Sagradas nasceu a partir de um bailarino e coreógrafo que viveu na Alemanha, Bernhard Wosien, que na década de 50 se propôs a pesquisar e vivenciar antigas rodas da Europa Oriental. Encontrou ali raízes antigas da arte de re-ligar o ser humano, a “meditação através da dança, como um caminho para dentro do silêncio”.


Bernhard Wosien

Em meados da década de 70 ele foi convidado pela então jovem comunidade escocesa de Findhorn, para compartilhar as danças de roda que vivenciou e as danças que coreografou voltadas para o mesmo fim: re-ligar,meditar e transformar, em ação grupal.
Findhorn, uma comunidade alternativa conhecida na década de 60 pelos “repolhos gigantes” hoje é uma Fundação, em forma de vilarejo, localizada nas proximidades do Mar do Norte – Escócia, com extenso programa de cursos voltados para o desenvolvimento humano. Ali vivem pessoas de todos os continentes, reunidas em uma experiência ímpar de amorosa convivência e de interesse comum pelo estabelecimento de valores mais humanos na vida pessoal e coletiva.
Atualmente, as Danças Circulares Sagradas constituem parte integrante da vida comunitária do lugar, praticamente sendo incluídas em todos os programas de cursos oferecidos ao longo do ano.
Tendo como forma base o círculo e o fazer em conjunto, as danças foram rapidamente abraçadas pela meta comunitária voltada para “One Earht” Dali se difundiram pelo mundo, num processo que envolve resgate e criação contínua do espaço sagrado, espaço/tempo diferenciado, que proporciona ao ser humano condições para recordar o estado de unidade, vivenciando-o em seu próprio corpo, em movimento, com música, com arte, na sintonia grupal.
Um espectro de danças derivou a partir daí, disponíveis para quem quiser entrar na roda: danças tradicionais reavivadas em sua forma original, danças que captam a essência de movimentos típicos de determinada cultura e os trazem de forma simplificada e acessível a quem quiser se juntar, danças de caráter meditativo ou lúdico coreografadas para músicas diversas - eruditas ou folclóricas; danças-oração que associam gestos simples a cantos religiosos; danças cujas coreografias têm como fonte de inspiração as árvores e flores e que propiciam a vivência corporal das qualidades associadas às plantas
(incluem aqui danças que fazem referência às essências florais).
Esse tipo de dança é geralmente acompanhada de música gravada e para tanto a disponibilidade de um aparelho de som se faz necessária. Mas, ocasionalmente, podemos contar com uma pequena banda para tocar ao vivo, o que faz uma diferença muito positiva.


Roda de Danças Circulares na comunidade de Findhorn

Danças da Paz Universal

Na mesma época em que se desenvolvia esse trabalho com as Danças Circulares Sagradas na Europa, na América do Norte, um mestre sufi - Murshid Samuel Lewis - plantava as bases para o que mais tarde se denominaria “Danças da Paz Universal”. Ele acreditava que “a verdadeira religião deve ser prática e expressar a profunda unidade que se encontra por trás de todas as tradições”.
Com o mestre sufi Azrat Inayat Khan, que trouxe o movimento sufi para o Ocidente, Lewis (ou sufi Sam, como era conhecido) aprendeu que a mensagem espiritual podia ser difundida não apenas pelas palavras, mas também através da música e do som.




Samuel Lewis

De Ruth Saint Denis, sua professora de dança sagrada e precursora da Dança Moderna (com quem estudaram Martha Graham e Doris Humphrey), Lewis captou o impulso para criar uma forma de dança sagrada que pudesse ser compartilhada em grupos e que não fosse performática. A respeito de Ruth Saint Denis, Lewis dizia: “ela possui a faculdade de trazer música e dança diretamente do cosmos, do coração de Deus”.
Unindo práticas de diversas ordens sufis; os ensinamentos de Azrat Inayat Khan com o ideal de fraternidade entre os homens e aproximação das tradições religiosas, e a dança espiritual de Ruth Saint Denis, Lewis criou os fundamentos das Danças da Paz Universal.
O contexto era de um mundo que vivia as tensões da Guerra Fria, em que a juventude expressava sua rebeldia às formas de comportamento e ao sistema político, enquanto começava a projetar suas esperanças e idéias para a virada do milênio.
Foi entre os jovens hippies que sufi Sam agregou os primeiros seguidores de suas práticas, mas sempre deixou claro que a prática espiritual - dançar, caminhar, meditar e cantar - não deveriam ser usadas como mais uma forma de droga que brecasse o crescimento espiritual.
Acreditava, porém, no poder transformador da alegria e da devoção num contexto universal, salientando a necessidade de se estar bem enraizado na terra para se fazer das danças algo mais do que um “estado elevado temporário”.
As Danças da Paz Universal consistem em movimentos e gestos feitos em conjunto por todos os participantes, aliados a cantos de frases expressivas de diferentes tradições espirituais do mundo.
São frases mântricas, ou frases que captam a essência de determinada tradição, ou frases que evocam o ideal universal de paz e fraternidade entre os homens.
Os movimentos e gestos são bem simples e sintetizam uma linguagem corporal/grupal universal que se encontra em vários locais da Terra. Por exemplo, elevar mãos e braços ao céu invoca abertura para a divindade, com respeito e louvor; palmas em direção ao solo indicam reverência e contato com a terra, mãos dadas na roda indicam o estar juntos e o potencial de amizade; braços nos ombros das pessoas ao lado simbolizam a fraternidade entre os homens.
A roda se move para o centro do círculo, ou para fora, no sentido dos ponteiros do relógio, ou no outro, ora as pessoas estão de mãos dadas na roda, ora encontram-se com parceiros dispostos na circunferência da roda para se trocar cumprimentos, bênçãos e depois seguir adiante com um novo parceiro.
A prática das Danças da Paz Universal é dirigida por Saadi (Neil Douglas Klotz) que procura recontatar a essência das tradições do Oriente Médio (tradição crosta, judaica, islâmica, persa, egípcia, babilônica, etc), para levar a mensagem e prática da paz e respeito pela unidade dentro da diversidade.
Faz parte deste trabalho um resgate profundo das palavras de Jesus em aramaico – língua original em que ele proferiu suas mensagens – em especial a retomada profunda do significado da oração do Pai/Mãe Nosso(a), através das palavras, canto e dança inspirados e coletados a partir das formas de oração existentes no Oriente Médio.
As Danças da Paz Universal são sempre cantadas pelo grupo todo produzindo o som/vibração que acompanha os passos e movimentos simples. É comum essas danças serem acompanhadas por instrumentos que auxiliam na marcação do rítmo, sendo freqüente o uso do tambor, violão ou chocalho.


Roda de índios Xavantes - Brasil



Danças Circulares e da Paz Universal no Brasil
No Brasil ambos os movimentos encontraram eco e são conhecidos como Danças Circulares ou Danças Circulares Sagradas.
Em nosso país vem se somando a este movimento uma parcela bem brasileira, formada pelas danças folclóricas feitas em roda e também pelas danças e brincadeiras de roda. Estas estão sendo reavivadas por educadores, folcloristas e/ou integrantes do movimento, com o intuito de intensificar a dança de roda no universo infantil, introduzindo, inclusive, músicas do nosso repertório popular, tanto antigo como atual.
De modo geral, as Danças Circulares têm sido praticadas com diferentes fins, e em ocasiões diversas como forma de crescimento individual; como caminho espiritual; uma forma de vivenciar o lúdico; na celebração de algum evento; como meio de harmonização grupal em apoio a alguma atividade que se deseja realizar; como instrumento terapêutico e de cura; no trabalho com idosos; com pessoas diferenciadas; como instrumento educativo para a vivência de princípios éticos nos âmbitos pessoal, grupal, social e planetário e, por fim, vêm contribuindo também no meio empresarial como instrumento de integração, sociabilização, centramento, ludicidade para o grupo, em sintonia com o propósito da empresa.
As Danças Circulares vêm se espalhando pelas principais capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Belém) e também pelo interior.
Para dançar não são necessárias habilidades especiais. Basta querer compartilhar da alegria de se dar as mãos na roda, com disponibilidade para ser mais um elo que dá, recebe e contribui para a criação grupal, com seu modo único e original de ser.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ordenação Geraldo - 18/12/2010

A Ordenação do Geraldo contou com numerosa presença Loyolana!













Deu até pra matar a saudade do Padre Onofre!



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Novena 2010 - 8º dia

NOVENA DE NATAL 2010
- construindo o Presépio para acolher Jesus –
8° dia




Oração de Acolhida

Senhor nosso Deus, que nos visitas assim, Menino.
Dá-nos aprender de vós a simplicidade
Que se faz brilho e beleza,
A fragilidade que se faz força e poder,
A serenidade que se faz ternura,
A quietude que se faz paciência

Transforma nosso coração em manjedoura
Que nossos braços e mãos possam ser, como os de Maria
Aconchego e cuidado com todos os meninos e meninas
De todas as idades, do mundo todo
Em especial os que nascem e vivem perto de nós

Que nosso olhar seja como o de José
Sereno e firme
Livre e confiante
Sabendo exatamente o que deve e precisa ser feito
Para o Natal, de verdade, acontecer.

Ilumina nosso caminho com o brilho da vossa estrela
Inspira em nosso coração a generosidade dos magos
A hospitalidade dos pastores
O calor dos animais que, na sua irracionalidade
Foram testemunhas silenciosas do milagre maior

Deus se fez um de nós
A eternidade vestiu-se de Tempo
O Todo Poderoso mergulhou em nossa limitada humanidade
E o Universo se fez Altar.

Diante da humildade do Presépio podemos vislumbrar em nós, com Ele
As centelhas de divindade que refulgem em nossa alma
Desde o Gênesis

Amém!
_______________________________________________________________________________


Meditação do 0itavo dia – “A lista dos presentes...”

“Quando os magos entraram, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres e ofereceram presentes ao menino; ouro, incenso e mirra...”
Mateus 2,11





Listas

Tem gente que tem mania de fazer listas. Se há uma viagem programada, olha a lista da bagagem ao lado da mala. Uma festa? Lista de convidados, dos ingredientes do jantar, lista até de quem não convidar.
São terríveis as discussões, angústias e aflições diante das listas de casamento, porque aí entram em choque as listas da família do noivo e da noiva. Matrimônios já começaram a desmoronar na confecção da lista dos padrinhos e convidados.
Há listas mais dramáticas: fim de ano nas empresas costuma ser época de reunião da diretoria para definir a lista dos demitíveis. E ainda mais. O filme “A lista de Shindler” conta a história real de uma empresário alemão que salvou, com uma lista, centenas de judeus destinados pelos nazistas à câmara de gás.
Por falar em filme e listas, queria sugerir outro cujo título original é “The Bucket List”, (A lista da bota que aqui no Brasil ganhou o título “Antes de partir). Ele conta a história de Carter Chambers (interpretado por Morgan Freeman), um pai de família comum, que há 46 anos trabalha como mecânico quando descobre que está com câncer. Internado em um hospital, tem como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um empresário milionário que vem a ser o dono do hospital.
Do alto dos seus milhões, Edward deseja um quarto só para si, mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido sob pena de afetar a imagem dos seus negócios.
Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter.
O mecânico, reflexivo diante da idéia da morte, decide escrever a sua "lista da bota", algo que um professor de filosofia lhe passou como trabalho décadas atrás. A tarefa consistia em listar coisas, experiências, desejos que você gostaria de realizar antes de morrer, antes de “bater as botas”.
Ao tomar conhecimento da lista de Carter, Edward acrescenta a ela os seus próprios desejos e propõe que eles os realizem juntos, o que leva ambos a uma viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida.
A idéia não chega a ser original, o roteiro em alguns momentos é previsível, algumas situações transitam na perigosa fronteira entre o clichê e o pieguismo, mas o filme, a partir da interpretação dos dois, torna-se irresistível, chegando a momentos de rara sensibilidade e ternura, como quando Edward realiza o desejo de beijar a mulher mais linda do mundo, um dos itens da lista.
Ao final da sessão, é inevitável: todo mundo sai do cinema (ou do sofá), pensando em sua própria lista: 10 desejos a realizar antes de partir...
Quando me vi diante desse desafio a primeira coisa que pensei foi: 10 desejos é muita coisa!
Gênios da lâmpada, em geral oferecem três desejos. Fica mais fácil, até porque muita gente escolhe, logo de cara, ganhar sozinho na Mega Sena da Virada, o que vai facilitar a realização de boa parte da lista.
Mas e os desejos que o dinheiro não resolve? E aqueles que não serão conquistados num passe de mágica?
Desejo, na verdade, é construção. E nem tudo pode ser construído apenas com uma boa conta bancária...
Sei de pais e mães que desejariam a saúde de um filho. Grana pode garantir médicos competentes, hospitais bem aparelhados, remédios de última geração. No filme, os dois tinham tudo isso (Edward era dono do hospital). O câncer ignorou os dólares e manteve o encontro marcado com eles...
Sei de homens e mulheres que desejariam ardentemente ter ao seu lado, de novo, a pessoa amada. Grana pode colocar um corpo para ocupar o lugar vazio na cama, mas não trará a ternura, a confiança, a admiração, a cumplicidade, a conversa doméstica, a aventura de um fim de semana juntos, essas coisas simples que construímos no cotidiano e que fazem um homem e uma mulher se sentirem companheiros...
Sei de pessoas que pediriam apenas uma noite de sono, em paz. Outras para quem bastaria eliminar as obrigações com hora marcada, a agonia no trânsito, o mau humor do chefe, a tirania do consumo, a ansiedade opressiva do mundo que quer as coisas pra já quando eu as estou querendo para sempre...
Penso em tudo isso e pergunto ao meu coração: e você companheiro, que desejos quer realizar antes de partir? (lembrando que não estou com nenhuma pressa...)
Penso, reflito e minha lista vai emagrecendo. Já conquistei tanto, já realizei demais. Às vezes tenho a impressão de que, ao invés de ganhar uma bolada, de uma vez, na loteria, a vida resolveu me dar o “pão nosso de cada dia”, o suficiente para cada amanhecer e anoitecer...
E agora, que estou partindo para ir ao encontro do Menino ( e todos estamo sempre a caminho...), vejo-me diante de uma caneta e uma folha de papel. O convite é fazer uma lista: o que levar? Ouro, incenso e mirra Ele já tem?

O que posso lhe dar?

Eduardo Machado



Minha lista...

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desconectar para conectar

Sugestão para a noite de Natal

Celebração do Natal em família ou comunidade

Roteiro




Para que não nos esqueçamos do real sentido do Natal e para que o possamos celebrar em família, ou em grupo, proponho este roteiro. Simples adaptações às realidades específicas de cada família ou comunidade podem ser feitas. Importa que o Natal seja celebrado com alegria.
Na mesa em torno da qual haverá a reunião deixe a Bíblia ou o Evangelho, uma vela apagada, fósforos, um lugar para colocar a imagem do Menino Jesus. Tenha já escolhidos os leitores e é legal que tenham feito uma leitura prévia do que irão ler.

Nosso Natal em família

Leitor 1 – Estamos reunidos no Amor, pelo Amor e para o Amor. No meio de uma noite o Amor veio até nós. A sua vinda não aconteceu conforme nossas expectativas humanas. Ele não nasceu num palácio, nem em alguma das metrópoles do mundo. Jesus chegou na periferia de um lugar pequenino. Nasceu sem que houvesse para Ele, como seria de se esperar da chegada de Deus, mordomias, ou algum cuidado especial daqueles que deveriam acolhê-lo. Deus veio para nós entre os pequenos daquele tempo. Hoje, dois milênios depois, estamos aqui relembrando aquele momento sublime. Mas isto não basta. É necessário que o façamos atual. Jesus precisa nascer a cada dia no coração de todos. Precisa nascer no coração do mundo para que se faça paz na humanidade.


Todos - Celebrar o Natal é dar dignidade e solenidade à fé que temos de que Deus está no meio de nós. Ele é Emanuel, Deus conosco, para que todo mundo tenha vez e voz.

Mulheres – Deus vem para iluminar o mundo. No meio das trevas nasce a grande luz. Tudo se renova, a natureza canta a vida se faz plena porque está aqui o Menino Jesus. (o mais velho presente acende a vela)

Homens - Celebrar é trazer ao coração aquilo que sinto que me faz melhor, maior e mais importante. Celebrar é me fazer filho de um Deus que está junto comigo. Que por amor fez a opção de não permanecer distante.

Jovens - Celebrar o Natal é não ficar sozinho. É louvar e agradecer pela família pela amizade, pelo carinho que nos rodeia. Fazer o Natal é se sentir acolhido por todos e isto é muito mais do que simplesmente comer uma lauta ceia.

Donos da casa - Celebrar a vinda de Jesus é também olhar ao redor e pedir perdão. Verificar o que poderia ter feito de melhor, agido com o coração. Também pelo que omiti e que deveria ter realizado, deixando o mundo à minha volta mal acabado.

Pais e mães- Celebrar o Natal é não dormir, mas se manter sempre em vigília. Trabalhar com afinco, mesmo que a sociedade diga diferente, para preservar a nossa família.

Leitor 2 – Celebramos um grande mistério. Deus se faz ser humano. O que poderia ser mais importante e digno do que isto? Deus deixa sua condição divina e se faz um de nós. Façamos um minuto de silêncio e reflitamos sobre este mistério maravilhoso: Nosso Deus não se contenta em permanecer lá longe no céu. Ele vem até nós. Ele se faz um de nós. Jesus é um de nós para que sejamos seus irmãos. Para que sejamos mais irmãos.

Leitor 3 – Foi assim a chegada de Jesus (Ler o Evangelho de Lucas 2, 1-14)

Jovens - Deus se faz menino. Criança é ser humano que ainda necessita se fazer, se construir. Deus se faz recém nascido e isto precisa dar sentido às nossas vidas. Da mesmice e da descrença precisamos fugir. (as crianças colocam o Menino Jesus na manjedoura do presépio).

Leitor 1 - Vale refletir sobre o que celebramos hoje. É necessário que nos façamos umas perguntas: Que sentido tem o Natal para mim? Uma festa da família? Uma troca de presentes? Uma noite para se comer bem e se beber bastante? Um dia para me emocionar?

Todos – Viver o Natal até que pode ser tudo isto, Mas se for assim, será apenas um pedacinho insignificante do Natal de Jesus e mostrará que o seu verdadeiro sentido ainda não foi percebido por mim.

Homens - Nesse Natal peço para que o Menino que vem me dê coragem para crescer. Para não ficar no ano que se aproxima do mesmo jeito que sou hoje, mas que alguém melhor eu venha a ser. Para que Ele me faça sair das acostumadas rotinas. E assim eu possa perceber também o Natal que acontece nas nossas esquinas...

Jovens - O Natal das crianças que dormem na rua durante todo o ano.

Pais e mães - O Natal das crianças que dormem em casas, mas vivem grande dor, pois não têm o carinho e a atenção dos pais. Elas parecem ter tudo, mas não têm o essencial, que é o Amor...

Mulheres - O Natal dos doentes que estão sofrendo pelo mundo afora. Muitos com doenças físicas e tantos outros também com moléstias da alma. Os que não têm como viver o Natal agora. Os desprezados, os migrantes, os que sofrem preconceitos, os que padecem bullying nas escolas...

Homens - O Natal dos presos. Não somente os que estão nas cadeias, mas também os outros que são acorrentados ao ter. São prisioneiros do consumo desvairado, Não se libertam da imagem e não conseguem ser. Ficam amarrados ao trabalho sem limite. O Natal dos prisioneiros das drogas, as ilícitas e as também aceitas, tornando assim a vida tão triste.

Todos – O Natal dos que promovem a violência e a guerra. Dos que geram dor e ódio pela terra. Daqueles que não conseguem perdoar os pecados que lhes foram feitos e por isto vão seguindo pela vida tristes e acabrunhados.

Jovens - O Natal dos que passam pela existência sem sentir que estão vivendo. Seguem como se ela fosse um fardo, ou somente uma festa na cidade. O Natal dos que passam dormindo, mesmo tendo os olhos abertos, porque não conseguem ver, ou porque não querem perceber a realidade...

Pais e mães - O Natal dos que não acreditam. Dos que não têm fé de que Deus pode nos transformar e nos criar todos os dias das nossas vidas para mais amar...

Leitor 2 – Ao Menino Deus façamos os nossos pedidos:

Mulheres: Pelos que estão doentes ou de alguma maneira sofrendo em nossa família e entre os amigos.
Todos: Nós te pedimos, Menino Jesus.

Homens – Pelos nossos parentes e amigos que neste último ano se foram para o colo de Deus.
Todos: Nós te pedimos, Menino Jesus.

Mulheres – Para que a gente não perca a capacidade de sonhar e de acreditar num mundo melhor.
Todos: Nós te pedimos, Menino Jesus

Donos da casa – Para que sejamos construtores da paz e da justiça.
Todos: Nós te pedimos, Menino Jesus

Leitor 3 - Hora também nesse Natal de agradecermos. De damos muitas graças a Deus pela vida.

Homens - Pelos que passaram pelas nossas vidas e a gente conseguiu acolhê-los:
Todos: Obrigado, Menino Jesus.

Mulheres - Pelos que nos ajudaram a crescer neste ano que passou:
Todos: Obrigado, Menino Jesus.

Jovens:- Pelos que amamos e queremos sempre que estejam ao nosso lado:
Todos: Obrigado, Menino Jesus.

Pais e mães - Pela nossa família, por tudo que conseguimos construir juntos.
Todos: Obrigado, Menino Jesus.

Jovens: Pelos que de uma ou de outra forma não estão aqui hoje conosco. Para que ano que vem estejamos juntos.
Todos: Obrigado, Menino Jesus

Intenções livres

Leitor 1 - Peçamos em silêncio pelo próximo ano, para que quando a gente for se encontrar no Natal que vem cada um de nós esteja melhor do que é hoje. Para isto, façamos um tempo de silêncio e um propósito, diante do Menino Deus, do que queremos mudar para nos tornarmos mais humanos. Os donos da casa irão passar diante de cada um de nós trazendo-nos o Menino Jesus para que o reverenciemos e, se quisermos o possamos beijar. Enquanto isto todos cantamos:

Noite feliz, noite feliz
Ó Senhor, Deus de amor, Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem,
Dorme em paz, ó Jesus, dorme em paz, ó Jesus
Noite feliz, noite feliz, Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração, que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar, E a nós todos salvar
Noite feliz, noite feliz, eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no céu, anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador, De Jesus Salvador
Noite feliz, noite feliz, Ó Senhor, Deus de Amor
Pobrezinho nasceu em Belém Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus Dorme em paz, ó Jesus

Abraço da paz e encerramento.

www.genteplena.com.br

Fernando Cyrino
Publicado no Recanto das Letras