Escutar para ser presença
"Se ficardes calmos, o auxílio estará sempre próximo" (Goethe).
Esta é a graça maior do momento, a exigir-nos uma disponibilidade interior maior para a escuta da realidade circundante e para a auto-observação. Não será esta a melhor atitude orante e a forma mais intensa de nos tornar presentes em meio à turba urbana não raro frenética e desnorteada, autofágica face aos valores fundantes e sentimentos internos mais profundos?
Cultivemos a arte da tranquilidade, buscando a ponderação criativa e não passiva ou covarde, que permite-nos frear as ondas do imediatismo a médio prazo frustrante ou ineficaz. O excesso verborrágico das palavras e dos julgamentos há de ser evitado, poupando-se com isso a hemorragia dos afetos.
Dá-nos, Senhor, a valentia dos guerreiros para enfrentarmos nossa mente condicionada e repleta de hábitos não sadios. Sim, a Terra precisa urgente de mulheres e homens redivivos, renascidos do GRANDE SILÊNCIO que faz novas todas as coisas...
Pe. Luiz Eustáquio S. Nogueira
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