Novena de Natal 2011
Acolhida:
Dirigente: Estamos reunidos em nome de Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Bendito seja Deus, Pai que nos reúne pela força do seu Espírito, no amor de Jesus. Amém.
Leitura do dia: Gênesis 1,1-4
“No princípio Deus criou o céu e a terra. Mas a terra estava deserta e vazia. As trevas cobriam o caos. E o Espírito de Deus pairava sobre tudo.
E Deus disse: faça-se a Luz. E a Luz se fez. E Deus viu que a luz era boa. E Deus separou a Luz das trevas...”.
- Deus cria a partir do caos.
- O Espírito de Deus paira sobre tudo.
- Deus via que a Luz era boa.
- Deus separou a Luz das trevas.
Para aprofundar:
A luz original
Lembro-me de uma oração que aprendi na época de Grupo de Jovens que, num certo trecho, dizia mais ou menos o seguinte:
Senhor, no silêncio deste dia que amanhece quero pedir paz, sabedoria e força.
Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheios de amor.
Ser bom, compreensivo, manso e prudente.
Ver, além das aparências humanas, cada pessoa como Tu mesmo as vê
E, assim, não ver senão a luz e o bem em cada uma...
Fico pensando nesse desafio... descobrir e contemplar a Luz e o Bem que há em cada um, a bondade original’ que todos possuímos, que por vezes fica escondida, sufocada.
No livro do Gênesis, o poema que narra a Criação é pontuado por uma frase que se repete a cada dia da Criação: Deus contemplando sua obra e vendo que tudo era bom...’
Deus Trindade, comunidade de Amor, transborda de si mesmo a Criação que é, em si mesma, gesto de Amor.
Há em nós e à nossa volta, no Universo inteiro, um desejo de Luz, de Bem e de Bondade. Não é verdade que o Homem seja o lobo do Homem, mas, sim, seu irmão. A experiência da fraternidade nos realiza profundamente.
Certa vez fiz uma pergunta a um grupo, durante uma palestra: ‘quais foram os momentos mais felizes da sua vida?’
Tenho repetido essa mesma pergunta a diferentes grupos, em diversas situações e circunstâncias e a conclusão é sempre a mesma. Se puxarmos pela memória, buscando aqueles momentos de alegria que marcaram nossa vida, momentos de intensa realização, de quase plenitude, o que Santo Inácio de Loyola chamava de ‘consolação’, podemos encontrar muitas e diferentes lembranças, mas um detalhe é comum: nesses momentos, dificilmente estávamos sós...
Nossos melhores momentos são situações de amar e ser amado, em todas as dimensões que o amor tem.
Mas se é assim, porque as trevas dão tanto ibope entre nós? Porque a mídia está sempre inundada de violência, agressão, crimes, corrupção, terror, medo e escuridão, se o que buscamos é a Luz?
A santidade que nos ilumina por dentro é uma construção de cada dia. Ela convive com as sobras que também carregamos dentro de nós. Todos os dias temos que fazer as nossas escolhas entre Luz e Trevas.
Aqui cabe uma pergunta; olhando nossa vida, olhando as oportunidades de Bem e Mal em nossa história pessoal e comunitária, que caminho temos escolhido? Para onde aponta a nossa opção fundamental de vida? Para o Amor ou para o Egoísmo? Para a Luz ou para as Trevas?
Deus, desde o Princípio, por ser Luz, escolheu e compartilhou conosco a Luz. E a Luz só pode brilhar em liberdade. Não foi criada para ficar debaixo da cama, mas sobre o candelabro, iluminando a todos.
O pecado nasce dessa liberdade de escolha
Fazer-se santo é escolher, cada vez mais o Amor, a Luz. Insistir no Amor, buscar e desejar o Amor, construir o Amor, mesmo com nossas frágeis mãos humanas.
Deus nos ama assim, como somos. Ele sabe da ‘bondade original’ que mora em nós, pois foi Ele quem formou nosso coração e plantou nele o desejo da Luz. Ele ama o Amor que sobrevive em nós, pois nele se reconhece a si mesmo. Ele sabe também das nossas dificuldades, do nosso caminhar claudicante, mas para isso, nos a possibilidade do recomeço, sempre.
Não fomos feitos para as trevas. Somos imagem e semelhança de um Deus que é Luz.
Brilhe, portanto, a vossa luz em nós, Senhor, para que os homens vejam as nossas obras e glorifiquem a Vós, que estais assim na terra como no céu.
Para rezar até o próximo encontro
Mateus 5, 14-16
Oração final:
Senhor nosso Deus, que, por ser amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família;
Abençoa os casais, que são a base da família. Que possam se amar e respeitar sempre e mais.
Protege a pureza sadia das crianças.
Acalma os impulsos inconsequentes dos adolescentes.
Pacifica os desejos atrevidos dos jovens.
Preserva a sensibilidade e a sabedoria dos adultos.
Abençoa a nossa comunidade e a cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amas, sem cobranças ou condições, a não ser o próprio amor. Amém!
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Eduardo Machado/novembro de 2011
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