quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Novena de Natal - 2º Dia

Novena de Natal 2011   

    Acolhida:


Dirigente: Estamos reunidos em nome de Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo.


Todos: Bendito seja Deus, Pai que nos reúne pela força do seu Espírito, no amor de Jesus. Amém.



            Leitura do dia: Gênesis 2,18; 21-24

           
E Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada. Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez-lhe uma companheira e levou-a para junto do homem. Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.




Pontos para oração e partilha:


   - Não é bom estar só 

   -  Somos companheiros

   - Somos uma só carne



           



 Se não tenho amor...


Para aprofundar:  

Se o apóstolo Paulo fosse casado, tivesse mulher e filhos, talvez escrevesse assim a sua  carta aos Coríntios...




Ainda que eu fale mais alto que todos em minha casa, fazendo calar as outras vozes, se não tenho Amor, sou como um sino ou campainha estridente, mas, solitário e inútil...

Ainda que eu fosse capaz de prever e programar tudo, organizando e colocando sob meu controle cada detalhe da casa, se não tenho Amor, sou pouco mais que nada...

Ainda que eu me sacrifique no trabalho, dedicando horas e horas de esforço para garantir mais conforto à minha família, se não tenho Amor, nada disso adianta muita coisa...

O Amor é paciente... Mesmo quando a rotina da vida familiar desgasta e exaspera, na monotonia dos erros e defeitos repetitivos e comuns, que conhecemos tão bem.

O Amor é prestativo... Não só com os ‘de fora’, os estranhos, os distantes. A relação familiar precisa da delicadeza, como as plantas, todos os dias, precisam do toque suave dos raios do sol.

O Amor não é invejoso, não se ostenta, não se enche de orgulho... Mas é capaz de encontrar alegrias improváveis, nas coisas e situações mais simples do cotidiano...

O Amor nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse... Ele é generoso, gratuito, de uma alegria quase infantil  que brota, transborda e se espalha em cada gesto ou palavra...

O Amor não se irrita, não guarda rancor... Talvez esteja aí o maior desafio para o Amor. Mas ele supera seus próprios limites e é capaz de amar mesmo quando é impossível gostar. O Amor então se faz respeito silencioso, às vezes distante, um querer bem que ultrapassa qualquer mágoa ou desejo de vingança

O Amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade... pois a verdade liberta o amor e faz com que ele seja, sempre e mais, encontro...

O Amor tudo desculpa... Sem anotar nada “no caderninho” para cobrar depois...

O Amor tudo crê... Mesmo quando todas as portas parecem fechar-se. O Amor sempre encontra uma fresta por onde é possível vislumbrar uma faísca de luz chamada Esperança...

O Amor tudo espera... Pois um dos frutos do Amor é o bom humor, que prepara sempre um sorriso para depois da lágrima...

O Amor tudo suporta... Porque sabe que o insuportável mesmo é viver sem Amor

O Amor jamais passará... Pois o que É não passa.  O Tempo do Amor é Sempre!

Um dia, o que não É, vai encontrar seu termo; profecias, conhecimento, a ciência da qual nos orgulhamos tanto, tudo desaparecerá. Frágeis como crianças, nos sentimos pequenos e desamparados...

Mas em nós há, plantada, uma semente de eternidade. Quem plantou foi o Amor.

Pacientemente ele esperou que a criança confusa que fomos deixasse de lado a fé infantil e, crescendo, buscasse o olhar maduro, profundo, sábio, que chega com a Vida Interior, cultivada nos silêncios do coração que chamamos de Oração...

Ainda assim, a Fé é como olhar por um espelho. Vemos de maneira oblíqua, confusa, às vezes distorcida. Conhecemos de maneira limitada.

Mas, um dia, verei face a face... Conhecerei como sou conhecido... Então não precisarei nem de Fé, nem de Esperança O Amor vai preencher todos os espaços, superar todos os limites.

E poderei dizer que já não sou eu quem vive...

Mas é o Amor que vive em mim.                                                                           

Eduardo Machado





Para rezar até o próximo encontro
1Cor 13, 1-13
                                                                                         



Oração final:



Senhor, nosso Deus, ensina-nos a discernir, nas nossas relações e afetos, o essencial do acidental. Ensina-nos a enxergar com clareza, ainda que por nossos olhos turvos e embaçados, o caminho do amor.

Ensina-nos a perdoar e reconstruir.

Ensina-nos, todos os dias, a abrir braços e corações para o essencial, para o que vale a pena, para o que alegra o corpo, a alma, a Vida.

Ensina-nos o mais importante, o essencial: o AMOR.



                    Amém.



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Eduardo Machado/novembro de 2011


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