sexta-feira, 30 de novembro de 2012

2º Dia da Novena




                              Canto de Acolhida


 
                                                                                         

Na linha do horizonte, do alto da montanha
Por onde quer que eu ande, esse amor me acompanha...
A luz que vem do alto, aponta o meu caminho
É forte no meu peito, eu não ando sozinho...
Te vejo pelos campos, te sinto até nos ares
Te encontro nas montanhas e te ouço nos mares...
Você é meu escudo, você prá mim é tudo
Minha fé me leva até você...
Prá quem te trás no peito, o mundo é mais florido
A vida aqui na Terra tem um outro sentido...
Eu ando e não me canso, esqueço a minha cruz
Firme nesse rumo que a você me conduz...
Em todos os momentos que eu olho pr'o espaço
Sou forte e minha fé me faz um homem de aço...
Você é meu escudo, você prá mim é tudo
Minha fé me leva até você...
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Dirigente: Estamos reunidos em nome de Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo.

Todos: Bendito seja Deus, Pai que nos reúne pela força do seu Espírito, no amor de Jesus.
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Leitura do dia: Mateus 15, 21-28
“Senhor, ajuda-me!”

Jesus partiu dali e retirou-se para os arredores de Tiro e Sidônia. E eis que uma cananéia, originária daquela terra, gritava:
“Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio”.
 Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência:
“Mande embora esta mulher, ela nos incomoda com seus gritos”.
Jesus disse:
“Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”.
Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo:
“Senhor, ajuda-me”!
Jesus respondeu-lhe:
“Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos”.
“Certamente, Senhor”, replicou-lhe ela; “mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos...”.
 Disse-lhe, então, Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas.
E na mesma hora sua filha ficou curada.



Partilha da Palavra

 

Para aprofundar:  E Jesus aprendeu...

Numa aula em que falava-se sobre a encarnação de Jesus, houve um impasse. Dois professores tinham idéias diferentes sobre o assunto. Um defendia a tese de que Jesus, Deus e Homem, sempre teve plena consciência de toda a sua realidade divina, de sua missão, da sua identificação eterna com o Pai e o Espírito Santo. O outro colocava Jesus numa dimensão mais humana, sem negar sua divindade, mas num processo progressivo de descoberta da própria identidade e de sua missão redentora.
            Como se vê, um debate de alta complexidade teológica, que nós, jovens leigos, acompanhávamos com interesse, ouvindo argumentos plausíveis de ambos os lados. Pelo que me lembro, não chegamos à uma conclusão.

            Mais de trinta anos depois eis que estou num retiro inaciano e me defronto com a proposta de rezar o evangelho que narra o encontro de Jesus com uma mulher pagã. É o texto de Mateus 15, 21-28

            A narrativa me chama a atenção de maneira especial. A primeira reação de Jesus aos apelos da mulher é estranha, formal, quase de desdém. Não combina com seu modo de proceder. A insistência da mulher, que irrita alguns discípulos, provoca nele uma mudança.
            Debruço-me sobre a cena, em oração e contemplação. Dentro de mim, a memória do debate entre os dois professores: Jesus sabia ou aprendia...?
            Pelos caminhos do coração meu espírito se move, em busca de respostas.
            As teológicas, eu sei, podem ser buscadas, por exemplo, nas páginas do Jornal de Opinião, escritas pelo Pe. Libanio ou pelo Pe. Konnings. A eles, teólogos e exegetas de renome, cabe a orientação segura, fiel ao magistério da Igreja. Em mim, o que fala é a intuição leiga, sem nenhuma pretensão a não ser me deixar tocar e afetar pela presença de Deus e perceber os movimentos que seu Espírito faz em minha vida.
Contemplo o olhar aflito da mulher. As mãos estendidas, em súplica, os olhos marejados de lágrimas. Entre os discípulos reações diversas, da compaixão à impaciência.
Olho para Jesus. Ele está surpreso. Na sua expressão um misto de ternura e confusão. Logo, um sorriso ilumina o seu rosto e Ele aperta em suas mãos a mão daquela mulher. Ergue-a do chão e a abraça. Ouço-o dizer:
“Mulher, é grande a sua fé. A sua filha está curada...”
Em volta, todos olham em silêncio, igualmente surpresos. A mulher vai embora, cheia de alegria e esperança. Jesus nos pede licença e retira-se para o alto de um monte. De longe, o vemos em oração, Por um longo tempo Ele lá permanece, em silêncio.
Quando retornou trazia no rosto uma expressão diferente, parecendo olhar além do horizonte, buscando paisagens que ultrapassavam as fronteiras que nos rodeavam.
Pensei comigo: aquela mulher ensinou algo a Jesus.
Ele nos olhou sorrindo e convidou a continuar a caminhada. “Temos muito o que fazer”, disse. E seguimos em direção ao Mar da Galiléia...
Eduardo Machado


Para rezar até o próximo encontro
Mateus 6,25-30


Oração pessoal: louvar, agradecer, pedir, oferecer... (preces espontâneas)

Oração da comunidade

Senhor nosso Deus, que, por ser amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família; abençoa nossas famílias.
Abençoa a cada um de nós que inicia hoje essa caminhada.
Semeia em nosso coração os dons da fé, da esperança e da caridade. E que os frutos sejam abundantes na seara da nossa vida.
Ensina-nos a crer para ver. E que, vendo, tenhamos a coragem de testemunhar.
Abençoa a nossa comunidade e a cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amas, sem cobranças ou condições, a não ser o próprio amor. Amém!

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