sexta-feira, 30 de novembro de 2012

5º Dia da Novena



Novena de Natal 2012  
5° Encontro

     Andar com fé eu vou...                                                        

Canto de Acolhida

 Eu Navegarei

Eu navegarei, no oceano do Espírito
E ali adorarei, ao Deus do meu amor
(2X)
Refrão:
Espírito, Espírito, que desce como fogo
Vem como em Pentecostes, e enche-me de novo
Eu adorarei ao Deus da minha vida
Que me compreendeu, sem nenhuma explicação
(2X)
Refrão
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Leitura do dia – João 3,1-8     (O vento sopra onde quer...)
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“Ter fé é renascer para uma vida nova e uma nova vida...”
Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos mais importantes entre os judeus. Ele foi ao encontro de Jesus, de noite, e disse-lhe:
- Rabi, sabemos que és um Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com Ele.
Respondeu-lhe Jesus:
- Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.
Perguntou-lhe Nicodemos:
- Mas como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e renascer?
Jesus respondeu:
- Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que nasce da carne é carne, o que nasce do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: É necessário nascer de novo... O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
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PARTILHA DA PALAVRA
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Para aprofundar
O vento sopra onde (e como) quer...
Bruno tem apenas quatro anos, mas já aprendeu que Deus é um amigo que está sempre por perto. No seu caso foi fácil. Sua família vive intensamente essa realidade da presença de Deus no cotidiano, em especial a sua vovó, Silvia. Nas conversas cheias de ternura com o neto, ela passa com suavidade e carinho a sabedoria de perceber Deus em todas as coisas, contemplando sua presença em nossa vida.
Mas há um outro detalhe que ajudou bastante; Bruno mora no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo. É só abrir a janela do seu quarto para ver a estátua do Cristo Redentor. Bruno, desde pequenininho, observa admirado a imagem do Cristo.
A figura imponente, os braços estendidos como que abraçando a cidade, acolhendo a tudo e a todos, tem, no coração do menino, um efeito mágico. Na sua alma de criança, o mistério da presença de Deus torna-se simples e acessível: basta olhar pela janela.
À noite, antes de dormir, enquanto Rafaela prepara a cama, ele pede: “Mãe, abre a janela...”
E ali, no aconchego daquele momento, Bruno se despede:
“Bença’, mamãe. Boa noite, Papai do céu.”
Mas a vida tem suas exigências e impõe seus limites. Há situações que frequentemente fogem ao controle, especialmente de uma criança de quatro anos. A família de Bruno teve que mudar-se do Rio para Curitiba, no Paraná. O garoto sentiu na pele como é complicado esse negócio de mudança. Na confusão de caixas e embalagens, a gente acaba perdendo um monte de coisas. Alguns dos seus brinquedos ele só foi achar semanas depois, numa caixa esquecida dentro de um armário.
Mas há outros danos que nós, adultos, preocupados com nossas próprias perdas, nem sempre percebemos. Bruno sentia falta do seu cantinho, na casa do Rio, os amiguinhos da pracinha onde brincava, os colegas da escola, o colo da vó Sílvia, o bolo que só ela sabe fazer. Tudo agora era uma imensa e silenciosa saudade.
Mas uma outra saudade doía no coração do menino: a paisagem da sua janela. Não havia mais os braços abertos do seu grande amigo. O pior é que, em Curitiba, as janelas da casa estavam sempre fechadas, por causa do frio, tão diferente do clima carioca.
Rafaela percebeu a tristeza do filho. Na conversa com ele, ouviu a queixa cheia de melancolia: “Papai do céu ficou lá no Rio...”
“Não, meu filho, Ele veio conosco, Ele está em toda parte. Lembra do que a vovó te falou? Ele vai com você a qualquer lugar, o tempo todo, como o vento, que sopra por todo lado, por onde quer. Deus é assim. Por isso Ele mora no seu coração...”
“Então, abre a janela...”
Os olhos de Rafaela, encheram-se de lágrimas.
“Está ventando muito, meu filho, está frio.
“Abre, mãe, só um pouquinho...”
Pela janela entreaberta, uma lufada de vento agitou as cortinas e tocou o rosto de Bruno.
Abraçados, Bruno e Rafaela ficaram ali, por alguns instantes, em silêncio, sentindo a brisa, olhando a nova paisagem. Os olhos de Bruno pareciam enxergar outras coisas, muito além...
À noite, Rafaela conversava com Sílvia, pelo telefone. Bruno veio correndo.
“É a vó Sílvia? Deixa eu falar com ela”!
“Vó, o Papai do Céu veio pra Curitiba comigo”.
“É, meu querido, e onde Ele está?
“Ele tá no meu vento...”.
Eduardo Machado
(Com autorização da Vó Sílvia)
8/5/2003
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Para rezar até o próximo encontro
Marcos 4, 35-41
Oração pessoal: louvar, agradecer, pedir, oferecer... (preces espontâneas)

Oração da comunidade
Senhor nosso Deus, que, por ser amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família; abençoa nossas famílias.
Abençoa a cada um de nós que faz essa caminhada.
Semeia em nosso coração os dons da fé, da esperança e da caridade. E que os frutos sejam abundantes na seara da nossa vida.
Ensina-nos a crer para ver. E que, vendo, tenhamos a coragem de testemunhar.
Abençoa a nossa comunidade e a cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amas, sem cobranças ou condições, a não ser o próprio amor. Amém!
Eduardo Machado/outubro de 2012

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