sexta-feira, 30 de novembro de 2012

6º Encontro da Novena.



NOVENA DE NATAL 2012                              6° ENCONTRO
     “Andar com fé eu vou                             
                                                                                     Canto de Acolhida
                                                                                                       Noite Traiçoeira
Deus está aqui neste momento, sua presença é real em meu viver
Entregue sua vida e seus problemas, fale com Deus, Ele vai ajudar você.
Deus te trouxe aqui para aliviar o seu sofrimento. É Ele o autor da Fé,
Do princípio ao fim, em todos os seus tormentos

E ainda se vier, noite traiçoeira, se a cruz pesada for, Cristo estará contigo
O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo (bis)

Seja qual for o seu problema, fale com Deus, Ele vai ajudar você
Após a dor vem a alegria, pois Deus é amor e não te deixará sofrer
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LEITURA DO DIA - Marcos 4,35-41 (Passemos à outra margem)

Quando chegou a tarde Jesus disse aos seus discípulos:“passemos para a outra margem...”
Eles, deixando a multidão, o levaram na barca onde já estava. Havia junto a eles também outros barcos.
Eis que em alto mar se levantou grande tempestade. Ventos erguiam ondas que batiam dentro do barco, de modo que ele já se enchia.
Jesus, porém, estava na popa dormindo com a cabeça numa almofada. Os discípulos despertaram-no, e lhe perguntaram: Mestre, não te incomoda que pereçamos?
Ele, levantando-se, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E cessou o vento, e fez-se grande bonança.
Então lhes perguntou: Por que tendes medo? Ainda não tendes fé?
Encheram-se de grande temor, e diziam uns aos outros: Quem, porventura, é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
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PARTILHA DA PALAVRA

APROFUNDANDO                                         A FÉ E O MEDO
  Contemplando Marcos 4,35-41

Jesus, sentado dentro da barca, falava à multidão. Eu me espremia entre os primeiros, com água pelo joelho, atento a tudo o que ele dizia. A tarde caia. O brilho do sol sobre as águas do Mar da Galiléia acentuava a atmosfera de silêncio que envolvia as palavras de Jesus. Ele, olhando aquele imenso grupo, acabara de fazer uma comparação com um pequeno grão de mostarda, a menor das sementes, mas quando brota transforma-se na maior das hortaliças a ponto de acolher em seus ramos as aves que voam nos céus.
Terminando de falar Jesus acenou a todos nós que estávamos na praia e disse aos seus discípulos:
Passemos à outra margem...  
Rapidamente, liderados por Pedro, os discípulos empurram a barca onde estava Jesus em direção ao centro do lago. Pedro, Thiago, João e Tomé entraram na barca onde Jesus estava. Os outros discípulos ocuparam três outras barcas e seguiram com eles. Eu, que conhecia a Bartolomeu, pulei dentro da barca onde ele estava e fiquei quieto, mesmo sob o olhar de censura dos outros. O vento inflou a vela e a barca avançou para o mar aberto. Já anoitecera quando chegamos ao meio do lago. A escuridão envolvia a todos e só se ouvia o barulho do vento que aumentava. Logo soprava sobre nós um fortíssimo vendaval. Ondas cresciam e se abatiam sobre as barcas que se enchiam de água. Aproximamo-nos da barca onde estava Jesus. Pedro nos atirou uma corda e nos juntamos a eles, lado a lado. O medo estava no olhar de todos.
No princípio, devido à escuridão, não vi Jesus. Mas logo percebi seu vulto, deitado à popa da barca. Surpreso, vi que ele estava dormindo.
Pedro, exasperado, agarrava o leme e gritava aos outros que tirassem a água que entrava na barca aos borbotões. Jesus, apesar da confusão e da tempestade continuava dormindo tranquilamente, com a cabeça apoiada num travesseiro.
Tomé armou-se de coragem e foi até ele, acordando-o.
Senhor, Senhor, não vês o perigo que corremos? A tempestade... a barca vai virar! Não te importa que todos pereçamos?
Jesus ergueu-se, apoiou-se no mastro, pois a barca era jogada de um lado a outro pelas ondas, olhou em volta. O vento fustigava o seu rosto e a tempestade rugia, furiosa.
Jesus disse: Cala-te! E olhando para o mar agitado: Calma...
Cessou o vento, o mar aquietou-se. E se fez grande bonança. Então, disse-lhes:
Por que tanto medo? Ainda não tendes Fé?
Nós todos olhávamos espantados para Jesus, ainda sem entender o que havia acontecido. O temor envolvia a todos, e nos perguntávamos em voz baixa: Quem é este que até o vento e o mar obedecem...?
Quando as barcas chegaram à margem descemos todos aliviados e seguros. João aproximou-se de Jesus e começaram a conversar.
- Mestre, a vida é cheia de tempestades que nos ameaçam e assustam. Contra elas, nossas certezas humanas são como as barcas, agitadas pela tempestade. Somos frágeis e o medo nos envolve. E lá, no meio do vendaval, o Senhor dormia. Devo confessar, Senhor, senti raiva. Estávamos quase naufragando e o Senhor dormia... Não via o nosso sofrimento? Não se importava com o risco que corríamos? Só nossos gritos acordaram o Senhor.
Jesus olhou bem nos olhos de João. Serenamente disse:
- Cala-te... Calma...
E no coração de João tudo se fez bonança.
Tomé entrou na conversa e disse:
- Mas temos medo, Senhor!
- Por que não tendes Fé...
- Tenho Fé, mas acho que não o suficiente...
- Onde falta Fé, entra o medo, disse Jesus, e medo gera mais medo e muito medo traz a morte...
Pedro se adiantou:
- Nós cremos, Senhor, mas ajuda a nossa Fé...
E João completou:
-Toma em suas mãos a barca da nossa vida. Nós nos entregamos a Ti. Faça-se em nós segundo tua vontade.
- Minha vontade é uma só: Que vocês sejam felizes. Que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. Tempestades virão. Maiores e menores. É a liberdade da Vida, o risco de viver. Eu sou a certeza.
            O sol explodiu de luz, nascendo por trás da montanha... Jesus colocou os braços sobre os ombros de Pedro e João e olhando para nós disse:
      - Passou a noite, o dia está amanhecendo... vamos, nosso trabalho nos espera...
Eduardo Machado
27/10/98
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Para rezar até o próximo encontro
Ezequiel 11,18-20

Oração pessoal: louvar, agradecer, pedir, oferecer... (preces espontâneas)

Oração da comunidade
Senhor nosso Deus, que, por ser amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família; abençoa nossas famílias.
Abençoa a cada um de nós que faz essa caminhada.
Semeia em nosso coração os dons da fé, da esperança e da caridade. E que os frutos sejam abundantes na seara da nossa vida.
Ensina-nos a crer para ver. E que, vendo, tenhamos a coragem de testemunhar.
Abençoa a nossa comunidade e a cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amas, sem cobranças ou condições, a não ser o próprio amor. Amém!

Eduardo Machado/novembro de 2012

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