Novena de Natal 2012 7°
Encontro
“Andar com fé
eu vou...” Canto
de Acolhida
Conheço
Um Coração
Conheço um coração tão manso, humilde e sereno.
Que louva o Pai por revelar seu nome aos pequenos;
Que louva o Pai por revelar seu nome aos pequenos;
Que tem o dom de amar, que sabe perdoar,
E deu a vida para nos salvar!
REFRÃO Jesus, manda teu Espírito,
REFRÃO Jesus, manda teu Espírito,
Para transformar meu coração (2x)
Às vezes no meu peito bate um coração de pedra,
Magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta.
Não quer saber de amar, nem sabe perdoar,
Às vezes no meu peito bate um coração de pedra,
Magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta.
Não quer saber de amar, nem sabe perdoar,
Quer
tudo e não sabe partilhar REFRÃO
Lava, purifica e restaura-me de novo.
Serás o nosso Deus e nós seremos o Seu povo.
Derrama sobre nós a água do amor,
Serás o nosso Deus e nós seremos o Seu povo.
Derrama sobre nós a água do amor,
O Espírito de Deus nosso Senhor!
REFRÃO
http://www.vagalume.com.br/padre-zezinho/conheco-um-coracao.html
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Leitura do dia - Ezequiel 36, 24-29
“Um coração capaz de crer e,
portanto, de amar...”
Vou retirar vocês do meio das
nações, reuni-los de todos os países e levá-los para sua própria terra.
Derramarei sobre vocês uma água
pura e todos serão purificados. Vou livrar vocês de todos os pecados, de toda
idolatria.
Darei para vocês um coração novo,
e colocarei um espírito novo dentro de vocês.
Tirarei de vocês o coração de
pedra e lhes darei um coração de carne, capaz de crer e, portanto, de amar.
Colocarei dentro de vocês o meu
Espírito, para que vivam de acordo com meu desejo e coloquem em prática os meus
mandamentos...
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PARTILHA DA PALAVRA
Para aprofundar Um Deus encarnado
Quando era menino, ouvia a palavra “Encarnação”
e tinha arrepios. É que a expressão sugeria entidades fantasmagóricas a me
rondar, espíritos malignos prontos a tentar invadir minha alma e roubar meu
coração.
Tudo se complicava ainda mais com a confusão com outro
mistério, a tal da Reencarnação, que, segundo tentaram me explicar, era a volta de
uma pessoa que morreu, em outro corpo, para uma nova vida aqui mesmo, entre
nós.
Era muito para minha cabeça...
Com o tempo fui entendendo que essa ideia, a
reencarnação, era mesmo muito atraente. Tinha uma lógica quase científica, dava
mais segurança e era mais consoladora que as ameaças do inferno que recebia na
catequese tradicional. Além do mais, poupava mistérios, devolvendo a gente para
aquilo que já conhecíamos, a vida aqui na nossa terrinha, bem humana, quase
previsível. Além do mais, me permitia imaginar que em outras ‘encadernações’ eu
teria sido rei de França, um poeta famoso, um escritor de sucesso.
A fé me levou por outro caminho... Por ele, com ela,
compreendi com o coração que a encarnação é um mistério... de amor. Nela, por
ela, Ele se fez menino, veio e está no meio de nós...
Para mim tudo começou num retiro, no Tempo de Advento,
num fim de ano em que estava cansado, em busca de paz e sossego.
Advento... nada mais que um tempo. Quatro semanas que
nos conduzem ao Natal. Mas, no coração humano, tocado, transformado pelo
coração de Deus, Advento é mais...
É convite a preparar a casa, o corpo, a alma. Encarnar
a fé na vida.
Deixar que penetre em nós, aos poucos, com calma, o
desejo e o espírito de uma festa.
O ano que termina, como todo ano que termina, deixa
suas marcas; feridas, cicatrizes, sorrisos, alegrias. Fracasso e conquista, às
vezes, na mesma medida, na louca e misteriosa liberdade da vida
Mas, em meio a tanta incerteza e contradição, vai
surgindo, pequenino, assim, sem que espere o nosso coração, o Advento, trazendo
a renovada promessa de um menino.
Surpreendente essa criança...
Nasce e renasce a cada ano, a cada instante, não se
cansa.
Apesar de nosso agônico e aflito consumismo nos
shoppings, do corre-corre maluco, no trânsito, nos sentimentos engarrafados,
congestionados, Ele insiste em se fazer presente, em todos os sentidos.
O menino vem a nós, em nós, na verdade, em qualquer
tempo.
Pois que o tempo do amor-menino é sempre.
Preparemos, pois, a manjedoura da alma, do coração, para
recebê-lo. Mais que isso, acolhê-lo.
Embalar seu sono em nossos sonhos.
Mas o menino tem seus caprichos. Não vem assim, sem
mais nem menos.
Há que, antes, afofar a terra do coração, cercá-lo de
ternura. Afastar as pedras, se humanizar...
Pois o menino é carne. Nossa carne.
Ele, eternidade, vestiu-se de tempo.
Infinito, se fez pequeno.
Seu poder maior é ser tão frágil.
O Advento prenuncia, anuncia... Ele virá, mais uma
vez, mas é bem provável que chegue depois da festa.
Depois de passada a farra, entre os embrulhos rasgados,
presentes espalhados, a cozinha em caos, a casa bagunçada, o sono pesado dos
convivas... Ele chega, silencioso, trazendo a paz que procuro.
Carinhosamente, tocará nosso coração de pedra e, em
seu lugar, fará renascer um coração de carne, sensível, atento, disposto a
acordar e celebrar outro Natal, cotidiano, intenso, anônimo, imenso...
Então, nós, seu povo, poderemos sonhar com as mãos um
mundo que também quer renascer. Aqui, agora, ou, quem sabe, logo ali, na virada
do ano novo
Eduardo Machado
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Para rezar até o
próximo encontro
Oração
pessoal: louvar, agradecer, pedir, oferecer... (preces espontâneas)
Oração da comunidade
Senhor nosso Deus, que, por ser
amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família;
abençoa nossas famílias.
Abençoa a cada um de nós que faz
essa caminhada.
Semeia em nosso coração os dons
da fé, da esperança e da caridade. E que os frutos sejam abundantes na seara da
nossa vida.
Ensina-nos a crer para ver. E
que, vendo, tenhamos a coragem de testemunhar.
Abençoa a nossa comunidade e a
cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amas, sem cobranças ou condições,
a não ser o próprio amor. Amém!
Eduardo Machado/novembro de 2012
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